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Governança e a transformação do espaço político nas metrópoles

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Governança e a transformação do espaço político nas metrópoles

O prof Eduardo César Marques sempre foi interessado nos arranjos políticos entre o público e o privado na constituição do Estado brasileiro e desenvolveu métodos sociológicos comparativos na análise das redes sociais que compõe os espaços decisórios que formam, entre tantas instituições, as nossas 32 regiões metropolitanas brasileiras.

Na entrevista Eduardo destaca que a partir de 1950 o Estado brasileiro desenvolvimentista foi construído pela intensa participação de atores privados e heterogêneos na construção e organização de políticas públicas, processo este “produzido por uma associação muito forte com um conjunto de empresas, principalmente empreiteiras, que foram as empresas que viabilizaram a construção do setor elétrico, dos portos, das ferrovias, das rodovias e das cidades brasileiras e por outro lado elas se produziram num dado de escala e viraram o que elas viraram inclusive internacionalizadas, globalizadas, multinacionais por conta desta associação com o Estado. (…) Os dois ficaram mais fortes com esta associação e esta associação cria desafios enormes para a sociedade brasileira.

Vejamos o mapa feito por Bruno Pinheiro sobre do crescimento da população e o avanço da mancha urbana na Baixada Santista, marchas em curso onde as cidades sede parecem saturadas (Santos, Guarujá, São Vicente) e em seu entorno um crescimento populacional na ordem de 3% .

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Para ser mais explícito os CBH´s são as estruturas sociais entorno da regulação dos recursos hídricos que acompanham as dinâmicas desenvolvimentistas nacionais em seu ápice regulatório e são exemplos desta construção dicotômica da permeabilidade entre o público e o privado na fundação do Estado e das Políticas Públicas contemporâneas.

Formados pela atuação direta ou indireta de políticos e gabinetes, pesquisadores e ong´s ecologistas, grandes encontros e ações pessoais ou familiares, obras de grande porte para grandes empresas e corpos técnicos operadores, estes constructos de governança são imensos mistérios sociais e derivativos registros de causas e consequências na execução de toda a gestão hídrica nacional e internacional.

Na entrevista abaixo realizada pelo site NEXO você pode assistir uma das duas partes sobre Governança Urbana e conhecer possíveis motivos para “os degraus e soluços de nossas cidades”.

Você também pode encontrar o “Dossiê Capitais do Urbano” no site do Centro de Estudos da Metrópole, veja em https://politicadourbanocem.wordpress.com todos os artigos disponíveis para download, eles tem um conteúdo mais profundo e mais interessante de conhecer. Alguns deles serão replicados neste site, o que é bom tem que multiplicar.

Parte 1