Programa Observando os Rios lança relatório da qualidade da água na Mata Atlântica

A preocupante realidade dos Rios da Mata Atlântica abre um alerta para a Qualidade das Águas, segundo estudo que traz dados alarmantes sobre a situação dos rios matatlânticos.

Novo relatório do programa Observando os Rios, publicado dia 21 de março de 2025, reúne dados coletados em 112 rios, em análises realizadas entre janeiro e dezembro de 2024.

De acordo com o relatório, “O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica”, mais de 75% dos pontos monitorados apresentam qualidade apenas regular.

Mas o que esses números significam na prática?

Isso significa que essa água já está bastante impactada pela poluição e precisa de tratamento para consumo humano. O Índice de Qualidade da Água (IQA) classifica os rios em cinco categorias:

Em 2024 a perspectiva era mais positiva
  • Ótima
  • Boa
  • Regular
  • Ruim
  • Péssima

No Brasil, esses padrões variam de acordo com a classificação das águas interiores. São, no total, 16 parâmetros analisados, que remetem à Resolução CONAMA 357/2005.

Quando um rio é classificado como “regular” ou pior, significa que ele já está comprometido para uso humano e lazer. Nos casos mais graves (qualidade ruim ou péssima), a poluição atinge níveis tão críticos que afeta não só a biodiversidade local, mas também coloca em risco a saúde das comunidades que dependem desses recursos hídricos.

O mais preocupante é que não há sinais consistentes de melhora nos últimos anos, mesmo após o respiro nos dados do relatório anterior. Pelo contrário: o número de ocorrências de qualidade ruim e péssima está aumentando.

É um alerta claro: precisamos agir agora para preservar nossos recursos hídricos. A água é vida, e sua qualidade reflete diretamente na saúde de nosso ecossistema e de nossa sociedade.

 

Resultado do relatório da qualidade das águas em 2024

O estudo, que contou com a participação de voluntários e equipe técnica da instituição, cobriu uma área impressionante. Os dados foram coletados ao longo de todo o ano, oferecendo um panorama abrangente da situação.

Ao longo do estudo, foram realizadas 1.160 análises em 145 pontos de coleta, distribuídos em 112 rios e corpos d’água, abrangendo 67 municípios de 14 estados da Mata Atlântica. No total, 111 grupos voluntários participaram do levantamento. Os resultados apontam que:

  • 11 pontos (7,6%) apresentaram qualidade boa,
  • 109 (75,2%) ficaram na categoria regular,
  • 20 (13,8%) foram classificados como ruins,
  • 5 (3,4%) atingiram a pior classificação, péssima
  • nenhum ponto registrou qualidade ótima.

Saiba mais acessando o relatório completo e no infográfico produzido pelo projeto

 

 

Para não esquecer